O edifício da produtora está em um terreno de 7,50×50 metros, em Roseti y Dorrego, uma zona que está se afirmando como setor de indústrias de serviços audiovisuais e escritórios descentralizados.
O lote contava ainda, com uma pequena casa existente de dois pavimentos, com alguns elementos destacáveis e vários para serem esquecidos. O cliente pedia o máximo possível de área construída, que era aproximadamente de 650 m2. Basicamente, o programa é dividido em dois: um setor de estúdios de produção, e outro de direção e administração.
E foi assim que a abordagem baseou-se em acoplar-se à velha casa com uma pequena ampliação que cobrisse a área necessária para completar o setor administrativo; gerar um pátio central, com as escadas e corredores conectores a seu lado; desenvolver a maior parte do novo edifício com os estúdios de produção de filmes, no bloco de trás. No fundo é colocada uma pequena área com cozinha e churrasqueira, onde as pessoas almoçam e se reúnem.
No acesso ao edifício no térreo, decide-se não se permitir uma entrada direta, mas sim manter um corredor lateral de acesso da velha casa, e organizar o hall do edifício em relação ao pátio e a nova arquitetura.
Na frente, manteve-se a arquitetura existente no térreo e no primeiro pavimento (o terceiro piso, de serviços, foi demolido), e ampliou-se o segundo andar com uma cobertura metálica e grandes esquadrias, elementos leves e transparentes que contrastam com o maciço da arquitetura neoclássica original. A retirada do balcão ajuda a expressar esse contraste.
A arquitetura proposta é uma arquitetura de linhas simples e retas, com poucos materiais – concreto e vidro, mas com as esquadrias e grades de metal. Uma continuidade com os trabalhamos que os arquitetos vêm realizando: concreto com distintas texturas, esquadrias de alumínio, grandes panos de vidro do piso ao teto, escadas de concreto, pisos de cimento, etc.